Não, eu não te peço que me decifres. Quero que me sintas. E que as sensações captadas por tua alma deixem teu dia mais feliz, roubem-te um sorriso à toa em qualquer momento da tua rotina cotidiana. Não, não tenho a pretensão de ser perpétuo na vida de ninguém, porque até mesmo o amor perpétuo tem um quê de prisão. Quero amar a liberdade de te querer e não ser dono de verdades absolutas em relação a nós dois. Nós precisamos de razão para nos amar?
Não quero falar de medos, nem gosto de pensar neles... Tenho esquecido das coisas ruins que possam nos desolar, nos afastar. Estou mais paciente ultimamente, de tal maneira que dificilmente qualquer ganho ou perda será capaz de causar grandes mudanças no meu coração. Já amamos demais... Já sofremos demais... Sei que nossas cicatrizes não podem nem devem servir de desculpas para a entrega de uma tentativa de felicidade.
É, talvez eu tenha muito a dizer ou talvez precise escutar muito mais... Tens o gosto do incrível e da surpresa em tua essência. Isso me deixa desarmado e ao mesmo tempo livre para passear por esse desconhecido caminho de alegrias. Preciso esperar mais de nós? Eu espero. Mas tenho deixado que essa esperança ganhe a vitalidade da renovação das manhãs ou se espalhe pelo mundo dizendo que em algum momento dois olhares foram capazes de se embriagar de um desejo sublime e feliz.
Agora, o que me importa verdadeiramente é a saudade dos nossos beijos e como me sinto bestificadamente feliz simplesmente porque sei que tu vives.
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